Hoje eu vou contar uma história TOTALMENTE baseada em fatos reais, vamos começar lavando nossa alma e voltando alguns meses, dezembro passado, eu descobri que a banda que mais amo no universo voltaria para o Brasil e os ingressos começariam a ser vendidos em poucas semanas.
2 palavras = EIKE LOUCURA
Eu estava num estágio avançado de loucura, explodindo de felicidade, contando para todo mundo do show, comentando em todas as redes sociais.. e foi assim que o queridinho da américa @andreeazevedo decidiu que iria comigo (até porque ele não queria perder).
Então, dia 7 de janeiro, mais conhecido como o dia em que começariam a vender os ingressos para o show, teve início a temporada All Time Low em nossas vidas.
Mesmo conhecendo algo inferior a 5 músicas, não sabendo o nome dos integrantes da banda, e nem ao menos de que continente eles eram (Esses meninos são ingleses né Helisa? - me perguntou no dia do show). O André ficou responsável por comprar os ingressos pista vip, a tarefa mais importante de toda a jornada, eu acompanhava de perto, jurando que ele iria abortar a missão, mas o desgraçado calou a minha boca concluindo com sucesso a sua parte. Nossos tickets estavam para serem entregues e enquanto esperávamos ficamos sambando na cara das recalcadas pelo twitter.
Com a chegada dos ingressos foram 118 dias de emoção e agonia, nós fazíamos planos para o show, e no segundo seguinte recombinavamos tudo outra vez. Foram inúmeras as vezes que eu tentei fazer o André ouvir as possíveis músicas da setlist , mas ele não queria, vivia falando que só ia pular e gritar, e eu não tinha como discutir com tal argumento.
Isso tudo ainda nas férias, até chegar fevereiro e nossas vidas mudarem drasticamente, viramos trabalhadores diários e estudantes noturnos (não sei se voces sabem, mas eu e o André fazemos arquitortura e urbanismo) foi um adeus para noites bem dormidas, vida social, tempo livre... mas isso ja é outra história!
As mudanças nos fizeram esquecer do show, but not, todo aquele sentimento, que eu ainda nao sei explicar o que é, estava guardado em um lugar muito especial dos nossos corações. E tenho certeza disso, veja bem, o André e eu vamos juntos todos os dias para a faculdade, sendo assim 1 hora e 30 minutos de futilidades, maldades e inutibilidades (essa também é outra história) em uma dessas, chegamos no assunto do show e foi intantâneo recomeçarmos a viver arco-íris de emoçoes.
A partir daí, lembramos todos os dias, principalmente porque quando a gente se encontrava eu logo perguntava para o Andrej quantos dias faltavam e ele nunca sabia "ÃAAA?.. EU SEI... ESPERA ... NÃO FALA.. É...... 101" e na verdade eram 65.
Na semana do show, eu estava num nível em que eu só queria falar de All Time Low, chegava a ser irritante, mas o que mais eu poderia fazer?? O André, por outro lado, estava entusiasmado com um reencontro com nossos antigos amigos de escola que ia acontecer no sábado, o que me deixava puta da vida, por ele preferir isso ao show. E esse confronto de ideologias nos fez brigar a semana inteira (e isso fica para outra história).
Finalmente, depois de dias felizes, tristes, frutrantes, marcantes.. brigas, derrotas, vitórias, bobagens e imaturidades, chegastes domingo, 20 de maio, o dia que nasceu para transformar vidas.
Propositalmente nós fomos dormir muito tarde, e eu não esperaria nunca levantar antes das 9 horas, mas eram 7 da manhã e la estava eu, acordada e dando o máximo de valor possível para cada segundo. Aquele dia, esse dia, eu quis fazer tudo de um jeito diferente, não me importar com o tempo, desapegar, esquecer de todos os problemas, apenas viver.
Mesmo acordando bem cedinho, eu fiquei enrolando para ligar chamando o André, e quando o fiz, ainda assim foi com muito medo (não queiram conhecer 1 An de mal humor) mas para minha surpresa e do Brasil, ele estava acordado. De qualquer forma, só chegamos no HSBC as 11 (assim que desliguei o telefone, o andré voltou a dormir).
Encontramos a fila pra pista vip, e aquela porra estava enorme, ficamos atras de um casal super simpático que veio de santa catarina, só para ver os caras.
Voltando a preocupação principal, eu odiava meu lugar, era muito atras, eu não alcançaria a grade, nem ficaria perto do palco como eu queria, e passar um dia todo ali não seria nada prazeroso, ainda mais com um André reclamando do sol (e da vida), mas eu fui forte e entrei no twitter pra me distrair, dei uma olhada nas mentions primeiro, e depois fui ver a timeline, PRA QUE? o 1º tweet que eu leio é de uma amiga minha e do An que havíamos feito no metrô, ano passado, ela dizia que estava no trabalho, mas a irmã estava desde cedo guardando o lugar dela ha ha, 20 minutos depois, estavamos todos indo encontrar com a menina da camiseta do batman e rumando para o começo da fila, no nosso novo e lindo lugar (palmas, por favor!).
Fã tem que ajudar fã, e como eu estava sendo ajudada, resolvi ajudar também, e chamei o casal de santa catarina para ir conosco, eles amaram, agradeceram, e até compraram um souvenir pra mim, yay. Sério, o mundo seria um lugar muito melhor para se viver se as pessoas fossem legais umas com as outras. just saying.
Demorou um pouquinho, mas as meninas que estavam atras de nós na fila (e não gostaram nem 1 pouco de mais 4 pessoas na sua frente) nos aceitaram quando descobriram o quão divertidos somos. Elas também eram legais, gritavam "ALEX" do nada e um monte de loucas começava a gritar,correr, chorar.. era engraçado ver o desespero de alguns.
E ficamos esperando. Esperar. Esperar. Esperar. Eu peguei ódio dessa palavra. Acho que o tempo simplesmente parou e ficou rindo de nossas caras, conforme a hora de entrar na arena ficava mais próxima, o meu coraçãozinho ficava cada vez mais apertado.
A felicidade que eu estava sentindo, era maior do que tudo que eu ja senti antes, tudo isso por essa banda, essa banda que me fez deixar trabalhos da faculdade de lado, perder horas preciosas de sono, essa banda que me fez passar o dia sentada na sarjeta sofrento pelo sol forte. Eram emoções e sentimentos que eu jamais havia sentido antes, e ainda não sabia os explicar.
As 5 horas, eu contava cada um dos meus batimentos cardíacos, as 6, meu corpo tremia e uma angústia penetrante tomava conta de mim, ás 7 horas eu descobri o preço da felicidade. E quando finalmente entramos, foi como se o meu mundo enfim valesse a pena.
Depressão?? not today, motherfucker.
O Andrero estava se saindo bem, mesmo sendo vaiado (por ser muito alto e atrapalhar quem ficava atras de ver o palco) e empurrado constantemente no pré-show, ele não reclamou (muito!).
Começaram a passar propagandas dos próximos concertos nos telões, e a "meninada" gritava.. mas a porra só ficou realmente séria quando Sir Alex Gaskarth apareceu no palco (aproximadamente 20:30) e incorporou David Guetta, nos levando a loucura, antes mesmo do show começar.
Com o fim do before party, Alex se despediu alegando que voltaria em 15 minutos para nos ver, mas não o fez, o espetáculo começou com atraso, só que eu tenho a ligeira impressão de que ninguém se importou com isso.
Afinal, do momento que as luzes se apagaram e os primeiros acordes de time-bomb foram tocados, não tinha 1 filho da puta que não estivesse pulando e cantando com a banda.
A banda, aí, a banda, eles são a combinação perfeita, e até agora eu não consigo acreditar no que vi, o corpo do Zack, o cabelo do Jack, o sorriso do Rian, a voz do Alex...
Tudo bem que fã sempre quer mais (na verdade, quer tudo) mas a setlist estava perfeita, eles fizeram o favor de colocar todas as minhas músicas preferidas. Eles começaram enlouquecendo, como eu ja havia dito, com time-bomb, seguida obviamente por forget about it, depois resgatando do melhor album que eles ja lançaram #NothingPersonal, veio damned if I do ya, damned if I don't.
Logo vieram 6 feet under the stars, heroes, jasey rae, stella e poppin' champagne, e assim o Alex anunciou que eles tocariam guts, na verdade quando ele falou "vamos tocar a minha música preferida.." eu ja sabia do que se tratava e gritei GUTS, GUTS, é.
Lost in stereo foi a próxima, e foi um surto geral, ficando difícil de nos acalmarmos para o que viria em seguida, o sólo do Alex com remembering sunday e therapy.
Ao vivo, eu particularmente morreria ouvindo damned if I do ya, guts, stella e six feet under the stars, mas therapy, eu tenho uma história muito especial com essa música, e essa vale a pena contar.
Therapy foi escrita para todos aqueles que ja foram julgados por essa sociedade hipócrita e seu padrão de merda. Por isso eu digo foda-se essa porra. O que eles sabem sobre nossas vidas? Quero viver de um jeito que seja melhor pra mim, sem conflitos internos, que me deixe em paz comigo mesma. Porque se estamos pra nada, vamos cair para qualquer coisa.
E acima de todas as razões, Therapy foi a música que mais emocionou a mim e ao André, sim, a ele também, deve ser alguma coisa de pai: e filha.
Eu já sabia que o fim do show estava próximo antes mesmo de Alex sair do palco, e quando a banda toda voltou para o bis, art of the state + do you want me (dead) e weightless sucederam o clássico final com Dear Maria, count me in.
Ao fim do show, e propositalmente da temporada all time low, foi como se uma parte da minha alma se apagasse, mas eu sei que posso sempre reacendê-la basta apertar play.. e ouvir a voz do Alex, os acordes do Jack, as batidas do Rian e os vocais do Zack para saber que estou em casa.
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