Sabe quando fico sem palavras, quando meu coração acelera, quando minha adrenalina sobe, quando meu mundo para de girar? Bem… isto acontece quando estou perto de você, lembro de nossos momentos como se estivesse vivendo eles agora, sinto seu cheiro como se estivesse ao seu lado, sinto sua presença como se estivesse sendo tocada e um simples toque é como se tudo de ruim que aconteceu na minha vida desaparecesse. Não sei o que estou sentindo ou o que deveria sentir, está tudo tão confuso e ao mesmo tempo tão certo, não preciso de mais nada. Apenas de você. Só é duradouro aquilo que se renova todos os dias.
Nunca gostei dessa história de “PARA SEMPRE”, mas uma vez cheguei a dizer que o amor é infinito. Sabe não to querendo dizer que ele vai durar nossa vida toda, quis dizer que ele é irreversível. O tempo é ilimitado, e antes deste momento houve uma infinidade de tempo…
Tudo o que eu sinto vai além do infinito. É como acordar depois de um sonho: Parecendo que aquilo que antes era palpável agora já não era real, que tinha passado, sumido, deixado de ser o que era para não ser nada.
Mesmo tonta, confusa e sonolenta, depois de descobrir que todos os planos foram cancelados, não tinha grito, só o silêncio que ecoava em minha cabeça. Não queria acreditar que, mais uma vez, estava demonstrando o que sentia da maneira errada.
Sempre conhecida por ser mais do que esperavam: era irônica demais e, ao mesmo tempo, doce demais, sempre difícil de lidar. Mas eu era assim, odiava esse “menos” que todos pediam “Menos demonstrações de afeto, pois elas podem gerar mais corações partidos”. Viver pela metade, definitivamente, não era um sonho.
Queria ser o infinito e queria que isso fosse simples, queria que alguém fosse à sobra também, esperava ser entendida pelo excesso, mas era sempre a mesma historia: Pediam-lhe um sopro e oferecia um furacão.
Então, não mais que de repente, a brisa mudou, as pessoas mudaram, mas deixou de querer alguém que fosse “demais” só queria alguém. Afinal, quem conseguiria conter o que não cabe em si e que não tem fim?
E Já que não temos a quem culpar por todos os “fins” pelos quais passamos, meu bem, culpemos a gramática; Que sempre nos exige um ponto final, mesmo quando as frases terminam com a palavra “infinito”
Sim, eu eternizei os fatos, eternizei as memórias, tentei até eternizar você em minha vida, e o infinito é pequeno se comparado ao tempo que te quero ter ao meu lado. Se eu encontrasse alguém como eu por aí nos caminhos da vida, e pudesse ver toda a grandeza do meu ser, o meu infinito interior, me apaixonaria por mim todos os dias da minha vida.
É irônico que o símbolo do infinito seja tão usado hoje em dia, quando ninguém mais faz questão de que as coisas durem para sempre. Infinito é o que pode ser contado, mas sem saber a quantidade. E eu gostaria que nenhum sentimento fosse como a lua que apesar de linda às vezes muda de fase, mas que seja como o céu que apesar de lindo e imensurável…
Quando estamos sempre correndo contra o tempo, contra os afazeres e por vezes contra vida, não paramos e percebemos que tudo o que fazemos correndo e sem aproveitar, sem sentir e sem provar, não é nada, não que se façamos de outro modo vai valer algo para o todo, afinal que somos nós senão poeira da poeira cósmica, não somos nada perante o Universo, então para que correr?
Quando ando na Rua faço questão de perceber tudo o que me cerca, de escrutinar rostos, falas e expressões que vejo ou ouço, a fim de sentir, e mais ainda, viver o som da rua, ou seja, o batimento pulsante do bem ritmado som da cidade. Quando se vive correndo, alheio a tudo que já está aí, não se vê o quão grande é o teto que nos cerca, quão grande é o céu. E olhar para o céu é olhar para o infinito. Não que eu viva de cabeça voltada para o além, não, eu prefiro olhar para outro infinito, como sempre digo, o infinito particular das pessoas. E você qual foi a ultima vez que olhou para o infinito? Para o seu infinito?
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