Não sei se é apenas egocentrismo ou vaidade, mas eu sou minha única casa, meu único refúgio, minha única salvação. Sou eu quem determina meu caminho, quem faz as escolhas. Quem se alegra e chora. Quem se ofende. Quem cala e sente. Quem perde a razão. Quem ama e se culpa. Quem sente a dor de não poder ser eu. Sou eu minha melhor amiga e a pior inimiga.
“Eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu e eu. Sempre.” — Eu
O fato é que não é porque eu gosto de sexo que eu não sei ser romântica ou não gosto de romance. Não é porque eu fumo maconha que eu sou lerda ou bandida. Não é porque eu to fora de forma que eu tenho baixa alto estima.
Eu sou romântica e gostar de sexo é só um que a mais. Não sou lerda muito menos bandido, maconha e só recreação. E minha alto estima ta tão lá no alto que chega a incomodar porque o que eu não tenho de peso eu compenso em humor e inteligência.
Nenhum sofrimento me comove, nenhum programa me distrai. Eu ouvi promessas e isso não me atrai. E não há razão que me governe, nenhuma lei pra me guiar. É difícil me iludir, porque não costumo esperar muito de ninguém. Odeio dois beijinhos, aperto de mão, tumulto, calor, gente burra e quem não sabe mentir direito.
Não puxo saco de ninguém, detesto que puxem meu saco também. Não faço amizades por conveniência, não sei rir se não estou achando graça, não atendo o telefone se não estou com vontade de conversar.
Você odeia qualquer um que tire de você a atenção que você acha que tem que ser só sua. "Penso, logo existo” é uma frase de intelectual que subestima as dores de dentes. “Sinto, logo existo” é uma verdade de alcance muito mais geral e que se aplica a todo o ser vivo. O meu eu não se distingue essencialmente dos vossos pelo pensamento. Muitas pessoas, poucas idéias: pensamos todos pouco mais ou menos a mesma coisa, transmitindo, tomando de empréstimo, roubando as nossas idéias uns aos outros.
Mas se alguém me pisa um pé, sou eu só quem sente a dor. O fundamento do eu não é o pensamento, mas a dor, o mais elementar de todos os sentimentos. Na dor, nem sequer um gato pode duvidar do seu eu único e não permutável quando a dor se torna aguda, o mundo desvanece-se e cada um de nós fica a sós consigo mesmo. A dor é a Escola Superior do egocentrismo.
E hoje me sinto alguém melhor não porque descobri como ser perfeita, mas sim como aprendi que perfeição não existe fora do mundo fantasioso dos filmes e livros e isso me ajuda a entender que apesar das pessoas que eu amo serem incríveis elas também tem defeitos e vão cometer erros, e eu vou estar preparada quando acontecer.
Geralmente eu sou humilde, mas tem gente que pede pra eu ser arrogante, felizmente minha arrogância é sinônimo de confiança é ela que serve de combustível para realização dos meus sonhos.
Sim, eu vou usar esse batom vermelho. Esse laço enorme também. E se estiver com vontade, a lente azul. Qual é? Estamos falando da minha vida, e até onde eu sei, ela tem que ter a ver comigo, não com o resto mundo.
Eu não tenho que quer ir em uma festa onde as pessoas disputam qual pode se transformar na mais idiota. Também não quero ser só um número. Não quero calor e nem multidão. Minhas preferências, minhas manias, meus orgulhos. Eu quero o que é meu, quero o que sou eu. Deitar aqui com ele, assistir um filme e depois, conversar sobre o amor. Quero pular de pára-quedas e pintar minha unha de vermelho. Ouvir as minhas músicas que dão sono e não dormir. Cantar na frente do espelho músicas que eu nem sei a letra.
Quer saber? Nós não deveríamos nos obrigar tanto a certas coisas. Se hoje, soubéssemos do amanhã, de como o tempo passa rápido, nos importaríamos menos com o que vão pensar, e mais com o que vamos sentir.
Se você deixasse de ser idiota só por um minuto, deixando de prestar atenção só em si próprio, você veria que tem um mundo inteiro em sua volta e que quem esta perdendo isso tudo é você e mais ninguém..
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