Não tenho paciência nem com o meu cabelo, quem dirá pra aturar você

Paciência é uma virtude. Mas e a paciência de ter paciência? Um dia eu deixei de acreditar nas pessoas, de acreditar em seus sentimentos. Tantas vezes fui enganada, fui traída, tantas vezes amei quem não devia, já amei quem não me amava, e desprezei quem me deu tanto amor. 

Hoje, posso afirmar que aprendi com a vida, aprendi a ser tolerante, aprendi a não esperar tanto das pessoas, pois ninguém é igual a mim; aprendi também que certas pessoas não conseguem se expressar e que isso não quer dizer que ela não te ama com todas as forças; aprendi também que a maior vontade de expressão é o olhar, raras são as pessoas que conseguem decifrá-los, raras são as pessoas que conseguem entender o seu significado e lhe dar o seu verdadeiro valor.

 Hoje eu me silêncio por ter tanto a falar, mas não saber me expressar; me silêncio porque tudo o que eu sinto está escrito em meu olhar. Compreendi que tenho que respeitar a vontade das outras pessoas, que tenho que fazer menos perguntas e somente entender, “não deu? tudo bem!” sem ficar com ressentimentos e mágoas. E o mais importante é amar as pessoas sem diferenças, amá-las por iguais e NUNCA ter medo de falar, pois, pode ser a última vez que você a veja, então deixe bem claro para as pessoas que tenham valor em sua vida que você as ama e mesmo para que elas que não tem valor, diga a elas que elas fazem parte de sua vida e que sem elas você não seria o mesmo, o que não é uma mentira. 

 Há duas coisas que muita gente usa: havaianas e minha paciência. Que é uma das poucas coisas que não tenho e ao mesmo tempo uma das primeiras coisas que tento ter. Pensei em correr, mas vi logo que era uma distância enorme e preferi caminhar e poupar energias tendo comigo a calma como guia. Talvez correndo posso perder algumas partes, que julgaria muito importantes em seu momento, onde caminhando, poderei enxergar os seus detalhes. Nós nos esquecemos de como é esperar: queremos tudo com pressa. Trata-se de uma grande perda para a humanidade…

 

Nós nos esquecemos de como esperar, esse é um espaço quase abandonado, no entanto, ser capaz de esperar pelo momento certo é o nosso maior tesouro. A existência inteira espera pelo momento certo, até as árvores sabem disso – qual é o momento de florescer, e o de deixar que as folhas caiam, e de se erguerem nuas ao céu. Também nessa nudez elas são belas, esperando pela nova folhagem com grande confiança de que as folhas velhas tenham caído, e de que as novas logo estarão chegando. E as folhas novas começarão a crescer.

 Quando você acha que está tudo bem, vem algo e te atrapalha, sejamos otimistas, não é o fim do mundo. Paciência e otimismo, mesmo que demorem, as coisas se resolvem assim, o tempo trará tudo que você anseia, mas tenha calma. Calma, fé e tolerância serão seus soldados que vão te guiar pelos tempos difíceis, basta colocar um pé na frente do outro. As batalhas estão dentro da sua cabeça, você tem o poder de enfrentar seus demônios não importa como eles aconteçam. E se livrar de seus medos e fraquezas para você poder começar a viver novamente a sua vida.

 A vida já é curta e nós a encurtamos ainda mais desperdiçando o tempo. Ta doendo agora, eu sei tá doendo muito. Você acha que não vai passar que está condenada a sofrer. Mas não se preocupe que já tem um raio de sol aparecendo na janela, olha só. Deixa essa luz te iluminar, e você vai ver que a vida ainda vai te dar motivos para sorrir. São dois fortes dos guerreiros: o tempo e a paciência. 

“Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento, te surpreenderás pensando algo como “estou contente outra vez”. Ou simplesmente “continuo”, porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloquentes como “sempre” ou “nunca”. Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicídio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituímos expressões fatais como “não resistirei” por outras mais mansas, como “sei que vai passar”. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.” 

Essa coisa chamada ‘história de amor’, requer certo tempo para ser construída… as que dão certo são aquelas vividas com paciência, com espírito aberto, e geralmente com alguém que consiga romper nossas defesas e nos fazer feliz.

 As brigas são quase que um imposto sobre o amor, não importa quão bem você esteja ou quão perfeito o relacionamento seja, a conta do serviço do cupido sempre vem cobrar seu dividendo. Sempre parcelado em anos de namoro multiplicado pela felicidade e somado a bobeiras bônus, dão sempre valores diferentes, mas conseguem ser proporcionais a todos os relacionamentos. O problema é que as princesas e as historias de amor esqueceram-se de mencionar que sem muita paciência e compreensão, o felizes para sempre não dura nem um capítulo.
E a loucura finge que isso tudo é normal. Eu finjo ter paciência…